domingo, 15 de fevereiro de 2015

AS INEVITABILIDADES DA VIDA...

Já passaram dois meses desde a última vez que andei de bicicleta e um quase um ano desde que atualizei o meu blogue… primeira inevitabilidade, o tempo inevitável e implacavelmente passa. Segunda inevitabilidade, independentemente do tempo que passasse, eu acabaria por voltar a pegar na bicicleta e pedalar livre pelos montes do açor (esta agora foi linda).

Hoje, porque achei que já tinha passado tempo demais, decidi atualizar esta coisa. Assim sendo cá estou a atualizar o meu blogue… terceira inevitabilidade, mais tarde ou mais cedo acabas por ter de fazer as coisas, independentemente do fato de custar muito ou pouco, de doer ou de deixar marcas irreparáveis, independentemente de... gaita, perdi-me….

Quem me conhece e anda comigo de bicicleta sabe que há uns tempos largos trago um pneu atrás, um Larssen TT, num estado que, se o descrevesse como deplorável, estaria a ser muito positivo… hoje, inevitavelmente, o meu pneu partiu, ou melhor furou, ou melhor, nem sei bem o que lhe aconteceu. Morreu, pronto! Quarta inevitabilidade e esta a mais inevitável de todas, por muito mais que nos esforcemos para fazer algo durar, inevitavelmente esse “algo”, um dia, acaba.

Chega de inevitabilidades… e, está feita a atualização do meu blogue, hoje muito poética e profunda. Foi uma volta muito interessante. Subimos bastante, descemos muito bem, isto para quem, dado o tempo que passou desde a última vez que andou de bicicleta, teve de levar as rodinhas… e também furei muito bem. Fica aqui uma última mensagem para o meu pneu, RIP, agora vou embrulhá-lo e enviá-lo para a Maxxis. Fica, ainda, uma mensagem, para a segunda parte do single track do Pêra Afonso, RIP. E para os senhores madeireiros de o deixaram naquele estado ##&%$$””#$%$ (um dia traduzo).

Inevitavelmente… FUI.

Inevitavelmente regressarei, digo eu.

domingo, 27 de abril de 2014

25 DE ABRIL

Ora então muito bem… depois de chegar à triste conclusão de que o 25 de Abril (e tudo que está agregado a esta data) não passa de pura treta demagógica e que, de facto, continuamos a viver num regime ditatorial, também por minha culpa (não basta falar mal, é preciso agir), decidi, em sinal de revolta, claro, ir andar de bicicleta… Na altura pareceu-me o mais adequado, era isso ou ir à caça ao “coelho”.

 

Assim sendo, e como mandam os costumes aqui do Sobreiral (local onde vivo), o exercício físico deve ser iniciado com o nascer do sol, portanto, a hora para começar a pedalar, neste momento, está marcada para as 06:15 (ainda me lembro quando me deitava depois desta hora… mentira, não lembro nada).
 
Às 06:15 já estava prontinho, o Carlos (é o outro doido que também se levanta à mesma hora para fazer exercício) nem por isso… chegou 10 minutos depois, mais ou menos, depois de ter andado a lutar (ter em conta o facto da pessoa em questão ser mestre em artes marciais) com o pneu da bike, a bomba, entre outras coisas (a bomba partiu, a roda também…ganhou ele, ou não...).
 
Mais coisa menos coisa, às 06:30 estávamos a rumar a Penacova com 2 finalidades, ir fazer uns single track’s maravilhosos e o Carlos depois ficava por lá a dar treino de karaté.
 
Começa a pedalar e volta para trás que o Carlos esqueceu-se da chave do pavilhão. Nesta altura devia ter aproveitado para ir buscar um casaco visto estar de manga curta, não o fiz, depois, só não chorei como um bebé, porque me congelou o saco lacrimal, entre outras coisas…braços, mãos, pés…



 
Até Penacova foi um saltito, sempre a 30. Já depois de Penacova, na estrada do Rio, em direção a Coimbra, o Carlos diz “agora subimos aqui à direita para S. Mamede”, é neste momento que era capaz de jurar ter ouvido o Marco Horácio a gritar atrás de mim, “SOLTEM A PAREDE”!!!
 
Dos 0 aos 500 em 20 minutos, mais ou menos (isto é altimetria não a minha pulsação, embora essa não ande lá muito longe…)



 
Já no alto começámos então a percorrer os belos caminhos da zona de Penacova e o Carlos começou, mais uma vez (digo isto porque já se está a tornar recorrente :-) ), a desgraçar a roda traseira.


Como estes momentos são sempre breves, passados pouco tempo estávamos no local de chegada para Carlos e de regresso para mim.
 
Aqui termina a história, para Arganil foi sempre a 40… isto porque sensivelmente a meio do caminho encontrei um companheiro do pedal (com bicicleta de estrada) que estava a fazer Praia de Mira/Serra da Estrela(Torre)/Praia de Mira no mesmo dia (e eu a pensar que tinha pouco juízo…livra), como tive de o acompanhar foi sempre no “red line” até à rotunda da Tornomoita, quando dei por ela estava em casa.
 
Mais uma voltita engraçada para o arquivo e… VIVA A LIBERDADE!!! E os cravos; e os Capitães, e os fdp dos “fachos” que nos governam que são iguais ou piores do que os que lá estavam há 40 anos e… se isto vai ao “Lápis Azul” estou lixado, ainda vou parar ao Forte de Peniche… é melhor ficar por aqui, até porque este blogue é dedicado, única e exclusivamente, à bicicleta.
 
Falamos umas pedaladas mais à frente. Até lá.

 

domingo, 20 de abril de 2014

SEXTA FEIRA SANTA

Já vamos na SÉTIMA, ou seja, há já sete anos que neste fatídico dia se pedala, passe a expressão, todo o dia… este ano não foi exceção.

Como estamos a começar com números ficam já os do dia, 145 kms e 2700 m de desnível acumulado (trocos).

Agora ao que interessa, o relato do dia.

Levantar cedinho, ainda de noite. Isto porque tínhamos (eu e o Carlos) de ir “buscar” o resto do pessoal (não fossem eles perderem-se) ao Piódão.




Porquê ao Piódão?


Porque suas excelências, a saber, Filipe, Sérgio, Marco “Pantani”, Nuno “Maçã” e Ricardo, andavam, desde o passado sábado, a fazer a GR 22 (Rota das Aldeias Históricas) e pernoitaram de quinta para sexta no Piódão.


Assim sendo, às 06:36 da matina, eu e o amigo Carlos zarpámos serra acima em busca dos ditos moinantes…


Devido ao atrito, provocado por os pelos das pernas e braços a subir, só chegámos ao Piódão por volta das 08:50 (só por causa do atrito), nada mau, tendo em conta que tirei 2 fotos à paisagem (lócura), o Carlos tirou mais, é a diferença de idade… relativamente à paisagem, as fotos falam por si.





Chegados ao Piódão, cumprimentos e apresentações da ordem e estava a comitiva preparada para zarpar, faltava só comprar os “suvenires” e ala que se faz tarde…




Devagarinho que é a subir. Pôr a conversa em dia, contar/ouvir algumas estórias dos dias anteriores (e tantas que elas eram) e, sensivelmente a chegar ao cimo do Piódão, o Sérgio lembra-se que se esqueceu (língua portuguesa no seu melhor) do carregador do telemóvel na dita localidade (já estou farto de escrever Piódão). BOA MIKE…


E agora? Agora volta para trás e vai buscá-lo. Assim foi, troquei de bicicleta com o Sérgio e lá voltou ele para trás. Já no cimo o Carlos achou que os mais de 100 kms que ía fazer nesse dia eram poucos e num gesto de solidariedade, foi ter com o Sérgio, para ele não se sentir só. Os restantes ficaram no céu em posição de morsa e Son Goku…



Chega o Sérgio e continua a subir, agora em direção à Estrada Real, via eólicas. Eram 10:00 e já começavam a falar no almoço (vão comer para o campo... ARRE!!), falar é força de expressão, ralhar é mais correto. E eu que tinha pensado numa volta tão fixe, Estrada Real; Casa do PPD, single track Pera Afonso, single track Monte Redondo; single track Impala; Folques e almoço no Rui “Pizzas” em Arganil. E estávamos lá cedinho… de certeza, ou não!




Lá fazemos a Estrada Real, sempre com uma paisagem maravilhosa, Casa do PPD e bota para o Pera Afonso, que a partir de agora poderá passar a chamar-se INFERNO… especialmente para quem leva bicicletas com alforges (o peso do conjunto ronda os 20 kg sem contar com o volume). Uma MISÉRIA, na segunda parte do single track andaram a cortar os pinheiros e o caminho estava intransitável, um verdadeiro pesadelo, sem comentários…




Quando, finalmente, chegámos ao fim, decidimos, sob pena de me malharem até à morte (não estou a exagerar), rumar diretamente para Arganil, mas não chegámos sem antes, no lugar do Bocado, encontrar um caminho bloqueado por um carro, que nos obrigou, mais uma vez, a andar com a bike às costas… MARAVILHA!!!! é agora que me lincham (pensei).


Finalmente em Arganil, esta parte não descrevo para não ferir suscetibilidades. Deixo só uma foto do início e um comentário ao serviço, MUITO BOM, obrigado Rui (e colaboradores).




Depois do repasto pouco fica para contar, resumidamente, barriga cheia e os cinco da “GR 22” já em modo de “QUERO CHEGAR A CASA”. Por isso, rumámos a Góis, Vila Nova do Ceira, Serpins e quando demos por ela estávamos no cruzamento da Lousã com a EN 17, hora da separação…


Abraços, beijos, lágrimas, sexo à bruta, promessas de futuras voltas e… vamos embora. Sérgio, Marco, Filipe e Nuno, para Coimbra, o Ricardo ainda nos fazia um pouco mais de companhia porque ficava em V. N. de Poiares e eu e o Carlos de volta a Arganil. Importa dizer que nesta altura já só levava imagem, já tinha perdido o som… adiante.


Até Poiares foi um saltito, mais despedidas e, ficaram os dois originais. Põe a faca nos dentes e vai de pedalar até Arganil onde cheguei já a perder a imagem e com um andar novo, mas cheguei, eram 18:50 (12 horas em cima da bicicleta).


Mais uma SEXTA-FEIRA SANTA "virada".


Resta deixar uma palavra (ou várias) para os que participaram, nesta e noutras aventuras. O que importa não são os kms que se fazem ou o desnível acumulado ou quem chega primeiro ou em último, mas sim os laços de amizade que se criam, renovam e estreitam… é isso que no fim fica e perdura.



VENHA A PRÓXIMA...


quinta-feira, 17 de abril de 2014

UMA VOLTA À MODA ANTIGA

Deixa-me cá actualizar isto senão esqueço-me do que aconteceu, ou não… É verdade, já não me lembrava de andar de bicicleta cá pelo burgo inserido num grupo de nove almas, quase uma multidão, quase…
É, de facto, saudável pedalar assim com um grupo de amigos. A troca de impressões, experiências, as dores (Virgílio), os diferentes andamentos (Zé Cunha), os humores (amores) do Ramiro e do Virgílio, a juventude do Cláudio, etc… Não é só andar de bicicleta é, acima de tudo, conviver e a manhã do passado domingo foi um rico dia de saúdábel cumbíbio. Começar cedinho, só não foi mais porque o Srº Carlos decidiu ficar mais tempo na palha. Ainda assim conseguimos sair por volta das 07:20. Visto não ter saído à hora prevista, a volta que tinha idealizado teria de ficar para outra altura, a culpa é do Carlos. Assim sendo decidi-mos andar às voltas nas imediações de Arganil até às 08:30, hora de encontro do pessoal junto ao intermarché (não é só o Carlos que gosta de ficar na palha, sim porque já estamos na hora de verão e o encontro deveria ser às 08:00, adiante). Por volta das 08:30 já se tinha juntado um grupo interessante, faltava o Ramiro, adormeceu (anda tudo muito sonolento)… já não comento mais isto. Vamos ter com ele ao Casal de S. José. Subia-mos nós a Mata da Santa Casa de bicicleta descia ele de carrinha, tudo bem sincronizado… Depois dos desencontros lá se juntou todo o grupo e rumámos para os lados de Góis, daí para a frente passou-se basicamente aquilo que atrás descrevi, ou seja, uma agradável manhã de pedal. Venha a próxima (prometo levar máquina para fazer foto reportagem).

domingo, 23 de março de 2014

… UM GURONSAN OU UMA BICICLETA PELA MANHAN??!!??

Uma bicicleta, definitivamente.
 
Antes de mais, BÔ DIA (como diz a minha Simone), já lá vão 3 eternidades desde que aqui não escrevia. Por isso e finalmente, hoje é dia de actualização. 

Passo a explicar o significado do título da “posta” de hoje:
Muito sucintamente. Ontem fui jantar a casa de uns amigos e o último copo de vinho não me caiu lá muito bem, isso e a mensagem do meu colega de viagens, que, por volta dessas 09h da noite, me convidava para ir pedalar às 06h da manhã de hoje, faltavam poucos minutos (isto pensei eu, já a travar de uma roda).


A passagem pela noite foi efémera e às 05h30m da manhã lá consegui levantar o meu decrépito cadáver para ir andar de bicicleta (agora que escrevo isto, penso… ca ganda maluco, adiante). Ainda meio a cambalear, e com 2 litros de água como pequeno-almoço lá desci à garagem, preparativos e às 06h05m lá estava o Carlos… par donde vamos? Vamos fazer a meia maratona de Arganil de 2014. Bora lá.

O resto resume-se a quase 10 cabritansos, um percurso muito bom com 40 kms e 1100 m de desnível, single tracks em muito bom estado, tendo em conta as condições climatéricas, os pés gelados, o corpo gelado devido ao facto de ter escolhido a roupa na noite anterior (com a cabeça indrominada) que me obrigou a ir de manga curta (ai que frio), as nossas deslumbrantes paisagens, das quais não há fotos porque não me apeteceu tirar (tinha as mão a tremer muito) e para acabar uma perfeita desintoxicação.

Por isso, meus amigos, não recorram a produtos químicos para curar a ressaca, andem de bicicleta, cedinho de preferência…

Até à próxima.

terça-feira, 23 de abril de 2013

ULTRA-MARATONA DA URGUEIRA

Mais um belo dia para a prática do pedal…

Levantar cedinho (06:50), tomar pequeno-almoço, ir até à garagem, pegar na burra (que já tinha ficado preparada de véspera), ir para a rua, respirar o maravilhoso ar da manhã e nisto são 07:30, hora combinada com o Carlos para começar a pedalar.

07:45 e o Carlos não aparecia, estranho (pensei), manda mensagem (sim, até porque ele só mora a 10 m de minha casa), passados uns minutos liga-me, tinha adormecido…

Mais uns minutos e estava ao pé de mim, ainda meio a dormir. Ora vamos lá então reformular a coisa, já não dá para fazer aquilo que tinha pensado e mais ainda o Carlos diz-me que em princípio o pessoal deveria reunir no Intermarché às 08:00 (horário de verão).

OK vamos para o Inter. 08:15 aparece o Miguel com bike de estrada (não serve), depois o José (presidente), também de estrada (também não serve), dois dedos de conversa e vão-se embora. 08:30 passa o Miguel (do Casal) e o Alexandre, com bicicletas de estrada. 08:45 e não aparecia mais ninguém (e eu acordado desde as 06:50, isto não se faz…). É então que o Carlos se lembra que neste domingo havia um passeio na Urgueira. Ora então, o pessoal devia estar para lá.

Vai de pedalar até à Urgueira. Foram 20 minutitos por estrada, deu para eu quase abafar…
Chegámos a tempo, o “passeio” só começa à 09:30, boa.

09:30, depois de um breve briefing (os de estrada vão por um lado os de BTT vão por outro) começámos a pedalar, no meu caso é começar a arrastar-me. E lá me arrastei por uns caminhitos bem agradáveis com o amigo Carlos e mais uns quantos companheiros do pedal.

Subida aqui, descida ali, mais subida que descida (mais uma vez), e sobe, sobe, sobe… começo a indagar-me - isto não era um passeio de cicloturismo??!!??

Não!!! Não é um passeio, mas sim uma maratona J, pelo menos para o meu debilitado organismo… vinte e poucos quilómetros e o meu GPS marcava 1000 m de desnível acumulado, toma lá que é para aprenderes. Quando chegámos ao Monte Alto disse para o Carlos que já não me augentava… Bota para casa. Certo é que eram 13:00, ia eu para Coja e ainda apanhei ciclistas para os lados das Secarias…

Fica para a história um passeio bem agradável, caminho bem marcado e muito bem escolhido, talvez um pouco duro para alguns (tipo eu), mas isto, como diz o ditado, quem corre por gosto não cansa. Ficou por analisar o repasto, talvez para a próxima.

Agora no que diz respeito ao meu apurado estado físico, no lugar de melhorar só piora, deus me livre… Mais uma vez não tenho fotos, isto de coordenar o pedalar com outras actividades (tipo respirar) está cada vez mais difícil.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

UMA VOLTA À RAMIRO

Muito boa, por sinal.

Para mim que ando mais para lá do que para cá (nunca entendi muito bem o que isto quer dizer… também não importa), 30 kms parecem 300, seja como for temos de (re)começar por algum lado.

O problema é que o Ramiro no domingo estava inclinado para cima e só lhe dava para subir, assim sendo, foram quase 30 kms sempre a subir, uma farturinha.

Então note-se, sair do Intermarché (Eu, o Carlos, Virgílio, o piqueno Duarte e o Ramiro, o resto foi à Meda J) e sobe para o casal, no casal dar ??várias voltas??, sempre a subir. Depois sobe para as alminhas, pela parte mais difícil, claro. Daí sobe mais um pouco e estamos quase na Aveleira, é altura para inventar um pouco… mais a subir do que a descer.
Momento raro, descemos para Folques para logo de seguida subir quase até às Torrozelas e segundo momento raro do dia, descemos para o single track da Impala - MARAVILHOSO. E chega, são horas de regressar a casa.

O relato é curto porque a volta também foi, a reter o belo dia que esteve para pedalar, os 30 kms que se fizeram com um acumulado de quase 1000m. Tudo muito bom, uma voltita à moda antiga muito bem esgalhada pelo amigo Ramiro. Venha a próxima.
Video: http://www.youtube.com/watch?v=SqqSXNhtnog&feature=youtube_gdata